sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

As suas cartas uma hora vão acabar.

Então, filhadaputamente ele chega em minha casa, come a minha ultima banana com a comida que muito provavelmente eu fiz. Senta no meu sofá, despojadamente, achando que está em sua própria casa. Usa meu telefone, bebe no bico a minha água gelada da garrafa, acaba com o arroz da panela e com meu frango agridoce que ele sempre faz questão de criticar. Aliás, se me criticas tanto, por que diabos ainda ousa vir aqui? Você abusa da minha pouca paciência. Já estou passando dos limites, a ponto de explodir. Tenho tanta raiva de te ver, me dá uma vontade agoniante de te dizer todas as verdades entaladas na minha garganta há muito tempo. E é horrível saber que com esse teu coração de criança aí, assim que eu precisasse você me ajudaria. Talvez pra tentar reparar as merdas de erros que você cometeu comigo, ou todas as falhas, ou por ser idiota demais, depois, de todas as vezes em que eu tentei humilhar você. Teu coração sempre foi melhor que o meu, que é um poço negro cheio de ódio e gelado. Você sabe perdoar, eu não sei esquecer. Mas hoje foi a gota. Você se acha todos os momentos, melhor que todo mundo, mas você não é. Amigo, todo mundo tem filhos, família e casa, um dia, seja ela como for. Detesto também essa tua falta de educação. Alguma vez na vida eu tratei ou olhei torto a tua mulher? Não, meu bem, então não faça isso com a minha, ou serei obrigada a te humilhar cada vez mais, até enjoar, porque eu sei que no fundo isso te causa algo. Essa tua mania de acobertar tudo me irrita. Quando você irá aprender? Você sabe também que as bananas são minhas, por que comeu então? Estou cansada dessa tua futilidade, dessa tua falta de cultura, falta de pensamentos próprios. E antes eu seja perversa e no fundo tenha um coração bom, do que seja como você, que é bom por fora e feio por dentro. Cresça, pelo amor de Deus, ninguém aguenta mais essa tua infantilidade, essa tua suposta ingenuidade. Suposta mesmo, porque eu sei que aí no fundo mora um monstro tão feio quanto os meus.

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