sexta-feira, 23 de setembro de 2011

peso pesado.

Estou sem tempo, sem vida, sem graça. Tá tudo tão corrido que as vezes nem me lembro de respirar. Tantas coisa pra pensar ao mesmo tempo que acabo não pensando em nada. To sobrecarregada. Talvez, chegando em meu limite, o qual eu já passei milhões de vezes. Tô a ponto de falar o que for necessário, sem filtros, para o primeiro que me vier em chatices. Eu tenho muita coisa pra fazer, e muitas pedras que me impedem de cumprir minhas obrigações. Há muitas perdas em tantas escolhas. E eu acabo por ficar assim, nessa agonia constante, nesse aperto no peito. Aliás, esse aperto no peito não deve passar de mera preocupação, transformada em dor, porque é assim que funciona comigo. E nem chocolate ou algo mais, tem resolvido. Parece um stress permanente, parece uma pedra nas minhas costas, com o triplo do meu tamanho. E o pior, isso tudo não passam de problemas criados pela minha cabeça. Eu queria uma uva. É que ultimamente, por conta do peso, tenho umas vontades do além, que me ajudam e muito a ficar pior. Porque eu nunca posso realizá-las. Hoje fui comprar um chocolate, pra aliviar meu mau humor diário, e não aceitava cartão. POR QUÊ? Sempre aceitou cartão! Pra que mudar agora? Por que mudanças são tão necessárias? Agora tenho que me adaptar a tirar dinheiro pra comprar chocolate na banquinha. Pior mesmo, é ter que me adaptar as mudanças que ocorrem na minha vida. Depois falam que eu mudo muito, que as vezes pareço outra, e que se mim se pode esperar tudo. Mas eu só estou me adaptando constantemente a minha vida e aos meus pensamentos descontínuos. E eu não aguento mais essas adaptações, dá pra ver no meu rosto, dá pra ver nas minhas roupas, e nas olheiras em volta dos olhos. Eu não suporto mais. Nem animo pra levantar os braços eu possuo. Estou passando de alguém que vive, para a que sobrevive. Um objeto que cumpre com as responsabilidades. Acho que a essa altura, nem viajem resolveria, eu deveria ter uma nova vida. Mudar todos os meus conceitos e regras. Porque se eu não fizer isso logo, eu vou deixar de viver, vou deixar de sobreviver e passar apenas a existir. Eu não sou tão forte pra resistir o impulso que me leva a só existir, e isso é um buraco fundo do qual é difícil sair. De qualquer forma, não vou poder fugir da responsabilidade de escolher. Eu tenho em mente N projetos, N ideias de novas vidas, mas não é bem assim. Mas que seja, eu posso fantasiar, mesmo que eu só exista. 

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