domingo, 20 de novembro de 2011

Stay with me, this is what i need, please ♪

Não precisa ir agora, fica aqui comigo, mais um ano, dois, três, ou até mesmo uns 10 se você suportar. Eu ainda tenho muito que encolher, muito que lamentar, e muito pra precisar de você. Então não há a real necessidade de apagar a luz e sair pela porta, ou fresta por onde entrou. Eu que tenho tanto medo, descubro mais medo ainda quando desabo. E que facilidade pra desabar. E nessas horas, em que tudo bate na porta querendo entrar, eu só quero ir pra casa, mas de que adianta uma casa, se você não vai estar? Uma casa só é um lar com você, um colo só é um colo se for o teu. Então fica mais, eu faço chá se precisar, mas não te dou biscoitos porque não gosto deles, mas posso te dar torradas. Eu não posso dar tudo, mas eu posso modificar, afinal esse é meu papel, sempre tentar agradar, modificando. Fazendo o possível. As vezes, o impossível. Dou o coração, os rins, o figado e meu estômago podre, e eu recebo, mas até nisso sou diferente. Diferente de mim, de você, do mundo. Nunca é o que quero, o que previ. E você não quer ir embora, está sempre aqui, mas não é assim. Não quero do meu lado, mas em mim. Duro é não poder prometer nada, pra que continue, embora não seja assim, está aqui, e não há nada que te prenda. Sim, eu queria te prender. Te prender com a corrente mais forte que existe, com um cadeado que jamais abrisse, te prender a mim.Por medo, por tudo, por nós. Mas saber que você fica porque quer, não por minhas birras, minhas palavras grotescas e afiadas, meu choros descontrolados, minhas declarações, é um enorme alivio. Uma enorme felicidade. Porque se você ficar mais um, três, cinquenta anos, é porque quis, porque seu amor não deixou, é porque me amou do próprio jeito, com as forças que tinha, até o que restou.

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